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Foto de apresentação:  Tarentola bischoffi – Vanessagil87 [Wikipedia]

 

 

Sim, é no território Português que se encontram as vulgarmente chamadas de “#osgas-das-Selvagens”, estes animais incríveis são endémicos e residentes das Ilhas Selvagens! Conheces? Estas ilhas belíssimas localizam-se a sudeste da Ilha da Madeira, e a área de distribuição destes répteis integra-se na Reserva Natural, onde o acesso é limitado. De facto, estas ilhas têm algo de especial, as Selvagens são formadas por três ilhas: Selvagem Grande, Selvagem Pequena e Ilhéu de Fora, e são muitas vezes consideradas como pertencentes a um conjunto de locais chamados de hotspots de biodiversidade, ou seja, locais que representam um foco de maior diversidade, quer seja de fauna quer seja de flora, e isso é algo bastante único!

 

Estas fantásticas #osgas são animais crepusculares e noturnos, de olhos salientes e grandes! Com uma cauda larga e corpo curto achatado, dedos largos e com padrão de escamas uniforme, gostam de se abrigar sob rochedos relativamente grandes, e alimentam-se sobretudo de insetos! Já conhecias estes belos exemplares? Bom… no passado, as suas populações encontravam-se vulneráveis, no entanto após a erradicação do coelho e do murganho, a população de osgas da Selvagem Grande começou a mostrar um aumento, e tem evidenciado uma tendência populacional crescente, este facto pode dever-se também à redução da ação predatória que os murganhos exerciam sobre os juvenis. As suas principais ameaças em termos de predadores serão talvez as aves marinhas e em particular a #lagartixa-da-madeira que eventualmente pode predar os seus ovos. É importante então sensibilizar as populações para a importância da conservação destes animais, afinal de contas, são únicos, e muitos estão restritos a áreas bastante pequenas do globo, e merecem a nossa atenção, e proteção. Há aqui que notar alguns pontos importantes que temos que ter em conta quando se avalia as populações destes animais que estão restritos a determinados locais, neste caso em particular, devido à distribuição limitada e baixa altitude das ilhas, o que torna os eventos naturais como é exemplo dos eventos estocásticos, tempestades, e aumento do nível do mar agentes causadores de mais suscetibilidade destas populações, em paralelo com a introdução de espécies exóticas e/ou doenças, no caso de pragas estas podem sensibilizar bastante as populações, daí ser de grande importância monitorizar estes animais.

 

Tarentola bischoffi – Vanessagil87 [Wikipedia]

 

E foi em 2013 que saiu uma notícia bastante curiosa, em que uma equipa de #biólogos portugueses veio revelar que as #osgas-das-Selvagens podiam ser identificadas pelo padrão da sua íris! Sabemos que o padrão de muitos animais não é igual, mesmo dentro da própria espécie, como é o caso de, por exemplo o padrão de riscas nas zebras, onde nenhum indivíduo tem um padrão igual. No entanto, foi desenvolvido uma abordagem com o intuito de monitorizar as populações destas osgas, então usando como base o reconhecimento do padrão da íris usado em humanos, estes investigadores portugueses desenvolveram um método equivalente… para osgas! Com o intuito de identificar e monitorizar os indivíduos, permitindo estimar as suas densidades populacionais, ponto fulcral quando se trata principalmente de espécies ameaçadas, ou com distribuições geográficas reduzidas, confinadas a certos locais do globo, o que as torna mais vulneráveis. Bastante interessante, não achas? É quase como se através dos olhos conseguissem identificar quem és, neste caso, de que indivíduo da #osga-das-Selvagens se trata, costuma-se dizer que «não há duas coisas iguais», não é? Bom, aqui não é exceção, na verdade, são únicas, cada uma delas, com um padrão de íris característico e singular de cada indivíduo. Fantástico!

 

Referências: 

Filipa Alves 2013. #Biólogos portugueses descobrem que, tal como os humanos, as osgas-das-selvagens podem ser reconhecidas individualmente pelo padrão da íris. Naturlink. Available: http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=20&cid=74839&bl=1. [Acedido a 20 Junho 2019] 

Nicolau Ferreira 2013. #Osgas podem ser identificadas pelos seus olhos, mostra estudo português. Jornal Público. Available: https://www.publico.pt/2013/11/04/jornal/osgas-podem-ser-identificadas-pelos-seus-olhos-mostra-estudo-portugues-27341681. [Acedido a 20 Junho 2019] 

GIL, Cátia Vanessa Figueiredo – Crescimento individual da osga-das-Selvagens (#Tarentola bischoffi): influências das variações sazonais na disponibilidade alimentar. Lisboa: Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa, 2011. Tese de Doutoramento.

 

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