Será que os #répteis são animais solitários, ou será que preferem agregar-se? Além destas hipóteses existem outras, será que apenas se reúnem na altura do acasalamento e/ou da postura? Ou mesmo para hibernarem? Ou para apanharem banhos de Sol? Sim, como os Humanos gostam de fazer, na altura do verão. No entanto, os répteis necessitam do Sol para aumentar a sua temperatura corporal, pois são animais ectotérmicos, coisa que, os Humanos, não são, apenas gostamos de vitamina D, não é? Mas então vamos ao assunto que realmente nos trouxe aqui: o comportamento social dos répteis. Afinal, será que estes animais gostam de companhia ou preferem estar sozinhos do que mal acompanhados? Ora, vejamos então a diversidade que existe, neste artigo.
Começando pelas espetaculares #tartarugas, arrisco em dizer que já possas ter observado em documentários estes répteis a deslocarem-se até à praia para colocar os seus ovos, reparaste também que raramente o fazem sozinhas? Normalmente quando uma o faz, existem mais a fazer, no mesmo local, digamos que nidificam em massa, e regularmente, nas mesmas praias, o que as pode tornar vulneráveis a #predadores, e em particular, ao Homem. Algumas espécies #migratórias concentram-se em grande número, por um período de tempo, para #nidificarem. Nas tartarugas pode existir hierarquia, quando os territórios das tartarugas se sobrepõem pode existir, relações de dominância. Maioria das #tartarugas aquáticas reúnem-se na altura do acasalamento, e também se podem reunir para dormir! Sim, para #hibernar. Ou para apanhar Sol, como é o exemplo da espécie: #Chrysemys picta. Além disso, existe um comportamento peculiar entre algumas #tartarugas, pelo facto de removerem com a boca, algas e escamas da #carapaça umas das outras.
Dermochelys coriacea
Os #lagartos podem ser mais ameaçadores quando algum intruso invade o seu espaço, adotam atitudes como: mudar de cor, abrir a boca de maneira a parecer mais agressivos, incham de modo a parecerem maiores e mais ferozes, alguns podem abanar a cauda de maneira brusca para afugentar invasores ou mesmo abanando a cabeça demonstrando o seu desagrado. Na época de reprodução pode existir variações e por exemplo, no caso da #iguana-marinha (#Amblyrhynchus cristatus), os machos delimitam os seus territórios, muitas vezes existem combates entre eles, quem sair vencedor tem um prémio: território maior e melhor, mais vasto, acasalando normalmente mais vezes. As jovens #iguanas, frequentemente mantêm-se em grupo, algumas podem trocar golpes de língua, expandir as pregas cutâneas e esfregarem-se umas nas outras. É de facto, um componente importante – a comunicação – não somos só nós, Humanos, que comunicamos uns com os outros, no entanto, meios como mensagens por telemóvel, não são a opção dos #répteis, mas sim, por exemplo: meios químicos, mais precisamente glândulas mucosas localizadas ao nível das coxas ou mesmo na região cloacal, geralmente mais visíveis e maiores nos machos, que libertam secreções para marcar o seu território e muitas vezes também para atrair as fêmeas, como muitos outros seres vivos fazem, no entanto, nem sempre é regra geral que apenas os machos têm #glândulas deste tipo, pois em fêmeas de algumas espécies, estas estruturas também estão presentes.
#Natrix natrix
As serpentes na época de acasalamento podem tornar-se bastante agressivas, pois, novamente os machos são seduzidos pelo odor que as fêmeas libertam nesta altura. É libertada uma secreção química, mais concretamente uma feromona, que serve como um indicador, neste caso, para os machos, transmitindo-lhes que as suas “parceiras” estão recetivas para acasalar. Os machos detetam este indicador hormonal, pelo seu órgão de #Jacobson – que referi no artigo anterior. Em algumas espécies, os machos rivalizam e combatem frequentemente pela fêmea, noutras espécies os machos lutam mesmo na ausência da fêmea, erguem a cabeça o mais que podem, levantando a cauda, e estes combates longos determinam quem acasala com aquela fêmea. No entanto, nem sempre é assim, muitas vezes um macho apenas repele outro, e não demora longos períodos de tempo de combate, existe um que simplesmente se retira.
Nos #crocodilos, o que poderá ser mais curioso em termos de comportamento social é o facto destes animais, nomeadamente as fêmeas, fazerem uma patrulha constante ao seu ninho. Quando as crias estão prestes a eclodir começam por quebrar a casca, já sendo sensíveis a estímulos exteriores, estas soltam uns grunhidos agudos quando sentem as vibrações que a progenitora faz, como se comunicassem algo do género: “Está na hora de saírem do ovo.” Na maioria das espécies, é a fêmea que carrega as crias recém-nascidas na sua boca repleta de dentes extremamente fortes, com as suas #mandíbulas impenetráveis, e extremamente seguras para os seus filhotes. Algumas espécies têm umas autênticas “creches” aquáticas, e o que é curioso é que estes animais fazem um acompanhamento que muitas vezes pode ser bastante prolongado, às suas crias, que são extremamente vulneráveis quando ainda são pequenas, pois há sempre predadores à espreita, e todo o cuidado é pouco, até para um dos predadores mais ferozes do reino animal. A isto se chama equilíbrio da natureza, para todo o predador, há uma presa, e todo o #predador pode virar presa, dependendo das circunstâncias.
Este artigo poderá fazer com que, surja outra questão: “como será o comportamento reprodutivo dos répteis?” Continua atento às novidades, pois em breve, irás saber responder a essa questão!